sexta-feira, junho 23, 2006

Não me lembro

Talvez um dia já tivesse estado lá. Mas não me lembro. Sei que o Miguel já lá esteve e veio diferente. Por isso é que eu digo que não sei se também já estive: não tenho a certeza que não tenha ficado diferente, por isso é que penso que é provável que já lá tenha estado.

Mesmo que não tenha sido o caso, ou que o destino me reserve a surpresa de poder vir a estar lá, imagino que seja bem mais pacífico que os demais locais. É como se todas as pessoas pudessem estar juntas novamente. Com tudo de bom e de mau que isso possa trazer. Mas pelo menos que todos aqueles sentimentos que vamos esquecendo à medida que nos afastamos dos outros se pudessem reunir no mesmo espaço e tempo. Consigo também pensar na imensidão de odores diferentes que se juntariam e o quanto isso faria pensar nos detalhes mais esquecidos. Talvez por isso mesmo é que o Miguel veio diferente. Talvez ele não quisesse ter voltado: eu estou contente que ele esteja de regresso.

quarta-feira, maio 24, 2006

Regular people

"I'm starting to hate persons that just state the obvious. Persons that don't add anything new and that just take their time to annoy others by saying the same thing as them - but just with other words. I'm starting to call these persons: the regular people you don't want to be with."

quarta-feira, abril 05, 2006

Quarto

Ainda não há muito tempo, talvez ontem ou um qualquer dia da semana passada. A Vera acordou, passou com o olhar pela janela que irradiava uma luz forte pela primeira vez naquele ano. Levantou-se com mais vontade do que alguma vez se lembrava. Talvez não completamente: no dia em que o irmão a veio visitar sentiu-se um pouco melhor que agora.

Saiu da cama e tardou a querer preparar-se para sair de casa. Queria aproveitar o mais possível aqueles raios de luz que lhe entravam pela janela. Fixou-se nas plantas lá fora que começavam agora a ser de um verde irresistível. Aproveitou e relaxou o mais que pôde antes de ter que enfrentar a monotonia de mais um dia de trabalho.

Por instantes pensou estar a sonhar. A luz, todo um sentimento de bem estar. Tudo a preceito para o inicio de um dia agradável: o Rafael passava na rua. Parecia feliz. Estava de mão dada com alguém cujo cabelo ruivo ficava ainda mais deslumbrante com a claridade daquele dia.

Pegou no telefone e telefonou para o emprego a dizer que se sentia adoentada. Tentou voltar a dormir para poder mais uma vez recomeçar o seu dia.

Sair de casa

Hoje eu. Só eu sem qualquer tipo de subterfúgio nem 'máscara'. Isto porque qualquer um chega ao seu limite de tolerância.

Mas porque é que há pessoas que não ficam em casa? Porque é que teimam em estragar o dia dos outros mesmo que para isso tenham que estar caladas o dia inteiro? Não querendo dar um sorriso, para que é que ainda insistem em sequer viver?

Para mim, e para todos os que quiserem achar que hoje até tenho razão: se tivermos opção e não estivermos com vontade de aconsentir a presença de ninguém (vulgo, estar com vontade de estragar o dia a quem quer que nos apareça pela frente), o melhor é ficarmos em casa a ler banda desenhada do Calvin. Ou, se a coisa for mesmo grave, que seja BD do Garfield!

Grrrrrrrr...

segunda-feira, abril 03, 2006

E eu sei lá!

Pois bem, como o titulo do blog: "Não sei...". É, de quando em vez, a única coisa que me envolve. Só apetece mesmo dizer: "Não trabalho mais aí", ou então, "O despertador avariou" (para sempre acrescentaria eu).

Tudo porque há dias em que tu não sabes o que dizer. E eu?